Foi realizada nesta quinta-feira, 1º/3, na sede da ASEMPT, mais uma reunião em que se discutiu a organização política dos servidores do MPU. No que se refere ao campo associativo, o principal assunto foi a unificação das associações. Um assunto político, financeiro e administrativo muito complexo, por isso ainda embrionário e indefinido.
O objetivo da unificação seria o fortalecimento da organização política dos servidores, que passariam a ter menos entes associativos na base. Considerando um diálogo associativo e sindical futuro, isso poderia levar a uma fundamental redefinição dos papeis e da atuação das entidades, muitas delas com mais de trinta anos de existência, como é o caso da ASMIP e da ASMPF. Por isso, o único consenso entre as associações continua sendo a ampliação do debate junto à categoria.
Até o momento, não há nenhuma deliberação sobre o assunto. No entanto, a cada derrota sofrida pela categoria, a necessidade de se discutir os modelos associativos e sindicais se impõem. O mais longo debate é necessário, pois existem obstáculos ao processo. Uma das preocupações das associações é o risco da criação de uma entidade nacional unificada populista e excludente e que sirva de aparelho para perseguições políticas, golpes e contragolpes alternados. Talvez uma solução para este problema, por exemplo, seria uma radical descentralização financeira e política, com diretoria colegiada na base, nos moldes de uma federação.
Desse ponto de vista, alguns eixos preventivos e democráticos poderiam ser: não menos que 80% de repasse financeiro aos núcleos estaduais; diretoria colegiada com conselho deliberativo de representantes estaduais no comando nacional (colegiado pela base); unificação e reorganização dos patrimônios associativos; calendário nacional de construção de sedes sociais e de lazer; uniformização e diminuição nos valores das mensalidades; auditoria interna e prestação de contas trimestral; geração de convênios com as grandes redes comercias nacionais; distanciamento dos assuntos sindicais; programa de educação e apoio financeiro aos servidores; apoio jurídico amplo e de caráter não sindical; realização das olimpíadas do MPU, etc.
Por enquanto, há apenas a necessidade de se iniciar a discussão desses pontos. Por isso, na agenda de algumas das associações, como prioridade,está uma visita à diretoria e associados da ASSEMPU-GO. A idéia é realizar, ainda em março, uma reunião na sede da entidade em Goiânia, para nova avaliação sobre a organização do campo associativo dos servidores do MPU. Uma rodada de discussão nacional poderá ocorrer após o calendário das eleições sindicais, em junho.